GRÁVIDA PODE USAR O CELULAR? | TUDO SOBRE GRAVIDEZ

Até o momento não há conclusões definitivas que atrelem o uso de telefones celulares a problemas de saúde. Mas muita pesquisa ainda está sendo feita -- não só sobre as grávidas. 

A resposta mais curta para a pergunta sobre segurança dos celulares durante a gravidez é que provavelmente seu uso não traz riscos à saúde do bebê no curto prazo. 

Os celulares, no entanto, são recentes. Só começaram a ser amplamente usados na década de 1990 e esse período não é suficiente para conhecer todos os seus efeitos de longo prazo. 

A Associação Internacional para Pesquisa sobre o Câncer, ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), classifica, desde 2011, a radiação dos celulares como um "possível" agente cancerígeno. Mas isso não quer dizer que haja comprovação do risco. 
Por ora, o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos considera que o tipo de radiação emitida por celulares em boas condições não é arriscada para a gravidez. 

A utilidade dos celulares é inegável e quase não dá para imaginar mais a vida sem eles. Mas há maneiras relativamente simples de reduzir os eventuais riscos ligados à radiação emitida por esses aparelhos. 

Os celulares emitem baixos níveis da chamada radiação eletromagnética não-ionizante, a mesma de televisores, computadores e fornos de micro-ondas. 

Esse tipo de radiação é muito mais leve que a ionizante, emitida por radiografias, equipamentos de radioterapia e tomografias computadorizadas, por exemplo. 


Ainda assim, é útil saber quais são as situações em que a exposição à radiação é maior, se você quiser se proteger e ao seu bebê: 

  • De modo simplificado, quanto mais próximo do seu corpo estiver o aparelho, mais exposta à radiação você e seu bebê estarão. 

    Uma opção é usar um telefone fixo ou optar pelo viva-voz sempre que der. Outra sugestão simples é não carregar o celular no bolso ou preso na alça do sutiã, por exemplo, nem deixá-lo muito perto da sua barriga ou da cama enquanto você dorme. 

    "Uma pessoa que use o celular a cerca de 30 a 40 cm de distância do corpo -- por exemplo, digitando uma mensagem, acessando a internet ou com um acessório (como um fone de ouvido) -- terá uma exposição bem menor aos campos eletromagnéticos", afirma a OMS.

  • Em "modo avião", o celular apresenta menos riscos de exposição à radiação. É possível, por exemplo, quando dá, fazer o download de vídeos, jogos e emails e depois desconectar o WiFi ou sinal celular.

  • A quantidade de radiação emitida pelo celular depende de quão forte é o sinal. Grosso modo, quanto mais fraco for o sinal, maior a energia que o aparelho gasta, e mais radiação ele emite. 

    O ideal é procurar então lugares onde o sinal seja mais forte, como perto de uma janela.

  • Os fabricantes de celulares precisam divulgar aos consumidores o nível de radiação eletromagnética que os aparelhos emitem. O chamado nível de absorção específica (SAR, na sigla em inglês) reflete a quantidade máxima de energia absorvida pelo seu corpo ao usar o telefone. 

    Quanto menor for o SAR, melhor. A recomendação internacional é que o nível não passe de 2 W/kg (watts por quilo). 

    É possível fazer a consulta junto à Anatel, que é a agência federal responsável pelo setor de telecomunicações no Brasil, com o código presente nas especificações do aparelho. 

    Ou você pode ligar para o serviço de atendimento a clientes do fabricante do seu celular e pedir a informação.

Lembre-se também de que o uso do celular enquanto dirige (mesmo sem segurar o aparelho com as mãos) diminui a velocidade de suas respostas na direção, independentemente da gravidez. 

Isso quer dizer que os riscos de um acidente são maiores, tanto para fazer e receber uma ligação como para dar aquela "espiadinha" nas mensagens.

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