
É natural que a mulher engorde na gravidez. Há o peso do próprio bebê, da placenta, do útero (que está maior) e até dos seios mais volumosos.
O organismo acumula mais líquido, tem mais sangue circulando e, além de tudo, vai juntando um pouco de gordura para a fabricação do leite na hora de amamentar.
Muitos regimes de emagrecimento tendem a debilitar o corpo de ferro, ácido fólico e importantes vitaminas e minerais, que garantem que o bebê e a mãe não venham a ter problemas.
O ácido fólico, por exemplo, ajuda a prevenir defeitos do tubo neural no feto, e o ferro, a impedir que a mulher fique anêmica.
A maneira como o corpo trabalha muda durante a gravidez. Os níveis de açúcar no sangue entre as refeições podem cair bastante e é por isso que algumas gestantes sentem fome quase o tempo todo.
É compreensível que algumas grávidas se preocupem com o ganho de peso. Mas manter-se saudável através de exercícios e uma alimentação equilibrada são boas opções para se cuidar.
De acordo com o professor de obstetrícia João Luiz Pinto e Silva, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), as dietas sempre têm que ser voltadas para o controle adequado do peso da gestante, tanto para ganhar como para perder, levando em conta o índice de massa corporal (IMC).
"O ganho de peso excessivo, principalmente no último trimestre, favorece o aparecimento de pré-eclâmpsia e hipertensão arterial, e se associa frequentemente também à diabete gestacional", diz o médico.
Pense nestes nove meses como parte de uma história bem mais longa. Há casos em que as mulheres ganharam os quilos a mais durante anos antes da gravidez.
Então, ao invés de se preocupar em fazer regime bem agora, é possível usar este momento para adquirir hábitos saudáveis que poderão ser mantidos pelo resto da vida e ajudarão a emagrecer após o nascimento do bebê.
Assim como dietas em geral, a que restringe o consumo de carboidratos também não é recomendada para gestantes.